O que você precisa saber sobre a vaginose bacteriana:
A vaginose bacteriana é uma disbiose, uma alteração da microbiota vaginal (população de bactérias que vivem na vagina) com redução das concentrações de bactérias boas (lactobacilos) e aumento da concentração de bactérias não benéficas. Essas bactérias podem ser vistas no exame de microscopia do conteúdo vaginal, feito no consultório médico durante a consulta.
Gisele Veiga Guimarães
2/13/20251 min read
O que é a vaginose bacteriana e quais são as suas complicações?
A vaginose bacteriana é uma disbiose, uma alteração da microbiota vaginal (população de bactérias que vivem na vagina) com redução das concentrações de bactérias boas (lactobacilos) e aumento da concentração de bactérias não benéficas. Essas bactérias podem ser vistas no exame de microscopia do conteúdo vaginal, feito no consultório médico durante a consulta.
Existe vaginose bacteriana assintomática?
Sim, e o diagnóstico apenas é possível com o exame de microscopia de conteúdo vaginal. Esse exame consiste basicamente em olhar o corrimento no microscópio. A vaginose, mesmo assintomática, pode aumentar o risco de evolução para outras complicações - ela não representa apenas um mau cheiro. O padrão-ouro para o diagnóstico de vaginose bacteriana é o exame microscópico do conteúdo vaginal (feito no consultório) corado pelo método de Gram.
A vaginose bacteriana é considerada uma IST? Pode ser transmitida?
Os protocolos atualmente utilizados não definem a vaginose bacteriana como uma Infecção Sexualmente Transmissível, porém há estudos mais recentes que buscam compreender melhor se é possível defini-la desta forma.
Em casos de vaginose bacteriana comprovadamente de repetição a recomendação do uso consistente de preservativo pode ser necessária para melhora do quadro.
Quais são as complicações da vaginose bacteriana?
Diferentemente do que algumas pessoas acreditam, a vaginose bacteriana não é apenas um odor alterado na vulva e na vagina.
São estudadas diversas patologias e complicações cujo risco pode aumentar na presença da vaginose bacteriana, mesmo nos quadros assintomáticos ou pouco sintomáticos, tais como:
Bartolinite e infecção da glândula de Skene
Doença inflamatória pélvica
Infertilidade
Infecção urinária de repetição
Aumento do risco de infecções sexualmente transmissíveis (como o HPV) e aumento do risco de evolução para Neoplasia Intraepitelial Cervical (lesão precursora do câncer de colo de útero)
Nas gestantes a vaginose bacteriana tem, ainda, sido estudada como possível fator de aumento do risco de abortamento, amniorrexe prematura (ruptura da bolsa antes do termo), parto prematuro e infecção pós-parto.
Dra. Gisele Veiga Guimarães
Médica Ginecologista e Obstetra
CRM RJ 521128990
RQE 40088