Quais são as ultrassonografias mais importantes da gravidez?

As ultrassonografias mais importantes da gravidez devem ser realizadas conforme o momento específico da gestação. Cada tipo de ultrassonografia avalia diferentes aspectos da saúde do bebê. É importante realizá-las no momento correto.

OBSTETRÍCIA

Gisele Veiga Guimarães

5/12/20242 min leer

As ultrassonografias mais importantes da gravidez permitem avaliação de dados importantes
As ultrassonografias mais importantes da gravidez permitem avaliação de dados importantes

Primeira ultrassonografia

A importância da primeira ultrassonografia é principalmente o cálculo da idade gestacional. Esse cálculo é feito, na maioria dos casos, pela idade gestacional na primeira ultrassonografia do primeiro trimestre, desde que já tenha sido visualizado embrião e seus batimentos cardíacos. Os batimentos já podem, normalmente, ser observados com idade gestacional de aproximadamente 6 semanas.

A principal importância dessa ultrassonografia é permitir a contagem mais correta possível da idade gestacional. Além disso, é a única forma de certificar que a gestação está no lugar correto e de que trata-se de apenas um ou mais bebês. Caso a gestação seja de gêmeos, permite a determinação do número de sacos gestacionais e, futuramente, de placentas, o que também é essencial para o acompanhamento mais adequado dessa gestação.

Morfológica de 1º trimestre

Depois da realização dessa ultrassonografia é agendada a ultrassonografia morfológica de primeiro trimestre, também conhecida como “TN”, que significa translucência nucal. A translucência nucal é a medida de uma região na nuca do bebê e que, quando aumentada, está relacionada a maior risco de síndromes genéticas e cardiopatia fetal.

Esse exame precisa ser realizado entre 11 semanas e 13 semanas e 6 dias, quando o bebê mede (da ponta da cebça até a nádega) entre 45 e 84 mm. Caso essa medida do bebê seja menor que 45 mm é necessário reagendar o exame. Caso essa medida seja maior que 84 mm a avaliação da “TN” e dos outros marcadores é prejudicada, com menor chance de detecção de anormalidades.

Além dessa região da nuca do bebê são avaliados outros detalhes no bebê que podem indicar maior chance de síndromes genéticas ou de cardiopatia fetal. Esses detalhes são o ducto venoso, a presença do osso nasal e o fluxo na valva mitral. O ducto venoso é um vaso que conecta a veia umbilical à veia cava inferior. Por estar envolvida na circulação do bebê é muito importante no rastreio de cardiopatias fetais, mas também de síndromes genéticas.

Morfológica de segundo trimestre

Entre 20 e 24 semanas (preferencialmente por volta de 22 semanas) deve ser realizada a ultrassonografia morfológica de segundo trimestre, também conhecida apenas como “morfológica”.

Este é o momento ideal também para a pesquisa de risco de parto prematuro pela ultrassonografia transvaginal, que pode ser realizada no mesmo momento do exame e também permite avaliação da posição da placenta.

Junto com a “TN”, a “morfológica” completa o rastreio morfológico da gestação, aumentando a chance de identificar o risco aumentado de doenças e alterações na morfologia do(s) bebê(s).

A morfológica permite avaliar diversos detalhes do bebê que ainda não era possível avaliar no primeiro trimestre, agregando muito valor na pesquisa da saúde do bebê. É uma das ultrassonografias mais importantes da gestação.

Ultrassonografia Obstétrica com Doppler

A ultrassonografia obstétrica com Doppler avalia principalmente a velocidade de crescimento do bebê (principalmente pela estimativa do peso), o volume de líquido amniótico e o bem estar do bebê (pelo Doppler). As principais alterações que podem ser identificadas durante esse exame são a restrição do crescimento intra-útero, o crescimento excessivo do bebê, a redução do volume do líquido, o aumento do volume do líquido e os sinais de sofrimento fetal crônico.

Dra. Gisele Veiga Guimarães

Médica Ginecologista e Obstetra

CRM RJ 521128990

RQE 40088