Afinal, você sabe o que é a Doença Inflamatória Pélvica?

A Doença Inflamatória Pélvica é a infecção do colo do útero que chega ao corpo do útero podendo chegar às tubas uterinas e à cavidade abdominal. Descubra qual é a importância dela.

CORRIMENTOS E INFECÇÕES

Gisele Veiga Guimarães

2/20/20252 min ler

Como é feito o diagnóstico de Doença Inflamatória Pélvica?


A Doença Inflamatória Pélvica é a infecção do colo do útero que ascende (sobe) para a parte superior do útero podendo chegar às trompas e à cavidade abdomino-pélvica (parte interna da barriga, podendo esta infecção chegar, em alguns casos menos comuns, até o fígado).

A Doença Inflamatória Pélvica tem critérios maiores e menores que incluem, de forma simplificada: dor pélvica, dor ao toque vaginal, febre, alteração do conteúdo vaginal (corrimento), aumento do número de leucócitos em conteúdo vaginal (esse achado é obtido pelo exame de microscopia do conteúdo vaginal - leia mais sobre no blog) e alteração dos parâmetros inflamatórios em exames de sangue.

Como prevenir a Doença Inflamatória Pélvica?

A Doença Inflamatória Pélvica é tradicionalmente apontada como causada por patógenos causadores de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) como clamídia e gonococo, porém descobertas científicas mais recentes apontam que as bactérias causadoras da vaginose bacteriana são também importantes causadoras da Doença Inflamatória Pélvica.

  • Rastrear a vaginose bacteriana assintomática e tratá-la é uma forma de prevenir a Doença Inflamatória Pélvica.

  • Solicitar painel de ISTs por biologia molecular é uma forma de prevenir a evolução dessas infecções para a Doença Inflamatória Pélvica

  • Usar preservativo em todas as relações sexuais é uma das principais formas de prevenir a Doença Inflamatória Pélvica

  • Evitar outros fatores de risco como tabagismo


Qual é o papel do exame microscópico do conteúdo vaginal na avaliação da Doença Inflamatória Pélvica?


O achado de leucócitos em quantidade aumentada no exame de conteúdo vaginal é suspeito para Doença Inflamatória Pélvica, podendo levantar a hipótese de seu diagnóstico. Neste caso, vale a pena pesquisar agentes causadores de ISTs. No mesmo exame é possível descartar (ou diagnosticar) a vaginose bacteriana, cujos patógenos também podem causar a Doença Inflamatória Pélvica.

Em muitos casos a vaginose bacteriana pode ser assintomática ou pouco assintomática e ser identificada apenas com a realização do exame microscópico de conteúdo vaginal, permitindo seu tratamento e prevenção da evolução para a Doença Inflamatória Pélvica.

Gisele Veiga Guimarães

Médica Ginecologista e Obstetra

CRM 521128990

RQE 40088

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